quinta-feira, 30 de novembro de 2017

Crise dos 20 e tantos



Olá Spooks, tudo bem?
Percebi que toda vez que venho aqui eu me explico. Sempre me desculpo e falo o porquê de eu estar sumida, o que me levou a "desaparecer" por um tempo do blog, etc. Mas a partir de hoje não. Se eu tiver que falar o que vem acontecendo na minha vida, será porque eu quero desabafar, e não por explicações, porque eu já sou crescida e não devo explicações a ninguém. Isso mesmo, estou rebelde, essa é a fase, me deixa kkk.
Falando nessa fase, ô fase hein?
Não me considero mais criança, nem tampouco adulta. Tipo aquela música da Sandy "Sou jovem pra ser velha e velha pra ser jovem". Não consigo me encaixar em nenhuma dessas classificações. Lembrando que "adolescente" não é uma opção. Passei bem longe dessa fase e mesmo assim ainda estou no meio.
Mas a culpa de tudo isso não é minha. A culpa real é da sociedade. Essa mania estranha de criar padrões, querer classificar e agrupar tudo, colocar tudo em caixinhas específicas separadas dentro de outras caixinhas que estão dentro de outras e mais outras. Confesso que para um computador isso é ótimo. Fazer pastas e classificar todos os seus arquivos, por categorias, datas ou importância é ótimo, facilita a vida, mas fazer isso com pessoas, isso acho que já é demais. Você exagerou sociedade.
Somos pessoas, seres mutáveis, racionais. Definir o que é ou não adequado para "crianças até 4 anos"; "crianças de 5 a 12"; "adolescentes", "adultos", "idosos", etc, é arcaico e ridículo. Idade mental é coisa que não existe em minha opinião. Definir o que é uma atitude ou comportamento "adulto" por exemplo, ou ditar como ou o que a pessoa tem que ser ou fazer algo em determinada idade é simplesmente problemático. Percebo que a cada dia, mais e mais, isso está ficando menos e menos lógico.
Crianças de dois anos já andam, falam e mexem no celular enquanto adultos de quarenta anos ainda compram action figures, bebês reborn e empinam pipas na rua.
Pra quê ficar definindo estereótipo de idade?
Eu tenho 23 anos, fico frustrada de não conseguir atingir as metas de adulto e também frustrada por não poder fazer minhas coisas de criança. Me deixem ser criança, me deixem ser quem eu sou ou pelo menos quem eu quero ser!
Essas expectativas acabam com a gente. Com 23 já era pra eu estar casada, com ao menos um filho, um emprego que pagasse ao menos dois mil por mês, um carro, deveria estar pagando meu apartamento, ter terminado a faculdade e trabalhar na minha área. Como é que se consegue isso? 
Hoje, tudo o que eu tenho é um emprego público que, pasmem, me consome demais devido ao trabalho excessivo que eu tenho que fazer – pois é, a propaganda do "funcionário público que ganha bem e não trabalha quase nada" foi uma simples ilusão – e que, mesmo com função ("promoção", por assim dizer), ainda me deixa com um salário menor que dois mil reais; a certeza de que não tenho condições para ter um filho; a dúvida eterna do que eu quero ser quando crescer – embora eu já tenha crescido há tempos –; revolta; frustração; negligência com a minha saúde; uma bicicleta; um colchão, uma escrivaninha e uma televisão (pra se um dia eu tiver uma casa); mais dúvidas e menos certezas.
Infelizmente essas expectativas geram frustração em qualquer um que não as consegue realizar. Nos tornamos adultos frustrados, correndo atrás do vento, de algo que é praticamente inalcançável. São poucos os que conseguem e é desanimados não ser um deles.
E como se não fosse ruim o suficiente, ainda te julgam se você sente vontade de sair correndo chorando pro colo da sua mãe, se resolve se distrair com seus jogos da infância ou assistindo animações. Te etiquetam de "bebezão" se você gasta todo seu dinheiro com guloseimas ou brinquedos de algo que você gosta; te chamam de inconveniente quando você tem uma dúvida, curiosidade ou questão que aparentemente pros outros não deveria ser perguntada; te ditam o que vestir; te falam o que vai ou não te fazer mal; como você tem que se comportar. Adultos são julgados o tempo todo por coisas que fazem e coisas que deveriam fazer, é um saco. Acho que é por isso que não consigo me considerar adulta, pois simplesmente não consigo aceitar essas condições. Acho ridículo acharem que eu sou menos responsável ou menos capaz de algo só porque gosto de usar tênis e mochila o tempo todo ou ter brinquedos na minha mesa, por ser brincalhona e preferir filmes de animação; comprar ursinho de pelúcia e colecionar alguns brinquedos do Mc Donald's.  Eu consigo ser os dois ao mesmo tempo e não gosto de ser encaixada em um padrão ou outro por causa de ações individuais. Eu não sou uma única ação, um único gosto, eu sou uma pessoa, um INDIVÍDUO, e não aceito ser caracterizada dessa forma. Cada pedaço de mim forma esse todo que sou EU, e meu eu é um todo cheio de pedaços (uns maiores, outros menores) das pessoas que passaram na minha vida.
Acho que por isso que a essa altura as pessoas ficam em crise. A gente começa a questionar tudo, pensar e repensar tudo a nossa volta e no nosso interior, principalmente no nosso interior e isso é muito tenso. Essa crise de identidade, quando você percebe que pode definir não quem você é, mas quem você quer ser e a dificuldade de decidir isso. Somos como um brinquedo de sucata, reaproveitando pedaços, traços, comportamentos e gostos das pessoas com quem vivemos direta ou indiretamente para construirmos essa coisa que chamamos de personalidade, uma coisa que, por mais que seja feita de muitas pessoas, é um produto final único, individual e complexo. E é essa complexidade que as vezes não é compreendida pelo outro. Querem que eu tenha definido quem eu sou. Só que eu conheço pessoas a todo instante e revejo e redefino quem eu sou e o que eu gosto e quero numa velocidade muito rápida e num movimento constante. Na essência eu posso ser a mesma pessoa, mas em relação ao resto é sempre mutável. Por exemplo hoje minha fruta preferida é abacaxi, o que eu odiava há doze anos atrás; os filmes de terror que eu amava antes hoje eu não assisto mais; antes eu tinha certeza que queria ser professora, hoje tenho certeza que não quero ser e assim por diante. Quase todas as certezas que eu tinha há anos atrás eu não tenho mais e as que eu tenho hoje talvez não existam daqui alguns anos.
Hoje, eu tenho uma necessidade imensa de satisfazer a Sabrina de 12 anos. Comprei os tênis que eu sempre quis naquela época, o videogame, os brinquedos... Me levo a todos os lugares que eu queria ir com aquela idade; ainda ouço todas as músicas que gostava naquela época, ou seja, vivo o presente baseado no meu passado, porque essa é a forma que eu aprendi a viver. Estou realizando hoje os sonhos que eu tinha quando tinha lá os meus doze anos, porque com essa idade, era tudo o que eu queria. 
Ninguém me explicou o que era ser adulto de verdade e o que isso implicaria. Não teve uma transição, um treinamento, um cursinho, um manual ou prova que fizessem pra saber se eu estava apta mesmo a "adultecer"; simplesmente fiz 18 e jogaram responsabilidades, expectativas e regras no meu colo e falaram: "se vira!". Horrível, né? Meu corpo cresceu e minha mente está perdida ainda tentando entender que merda é essa e onde eu estou. Crescer não foi facultativo pra mim e, gostaria de ter tido a opção de escolher se que queria isso pra mim ou não, sem julgamentos. As coisas acontecem muito rápido, num ritmo frenético e louco e sem muitas explicações. Queria processar quem inventou isso.
É tanta preocupação... Você tem que definir seu futuro e ao mesmo tempo já ir construindo ele. Não tem tempo pra planejamento, é ir pensando e fazendo, senão não dá tempo. Não é como a borboleta que, depois de lagarta ainda tem um tempo pra processamento antes da metamorfose, é pá pum, um estalo de dedos e você já é considerado adulto sem nem perceber.
Acho que talvez essa seja minha dificuldade, planejar o futuro. Eu não tenho tempo nem pra viver o agora, imagine o depois. Já pensou se eu planejo tudo e não consigo chegar lá? E se eu conseguir chegar, o que faço depois? Acho que hoje entendo porque pensam que jovens são inconsequentes e acham que não vão morrer, mas não é bem isso. No meu caso, como jovem, penso que o futuro é muito incerto pra gastar meu tempo todo pensando nele ou me privar de algo hoje por causa dele. Acho por exemplo que, já que a idade vai me privar de comer besteiras no futuro, tenho que aproveitar enquanto posso, da melhor forma possível, porque, ao contrário do que pensam, eu tenho certeza de que vou morrer e não sei quando, por isso tenho que fazer hoje tudo o que posso, aproveitar tudo, me dar o que eu puder, pois não sei o amanhã. Talvez esse ponto de vista meu seja incomum, mas pra mim faz todo o sentido. O que tiver que ser vai ser, simples assim. Não vou me restringir a ser feliz – é o único objetivo concreto de vida que eu tenho –, nem que seja comendo uma simples coxinha  com cremily, mesmo sabendo que vai me fazer mal depois. São essas minhas pequenas felicidades que me fazem conseguir seguir em frente a esse futuro tão incerto quanto o amanhã.



PS: Podem admirar, essa não é a Cristina Ricci, sou eu mesma de Vandinha/Wednesday Addams, #medeixaser.

segunda-feira, 8 de maio de 2017

Vida


A vida,
esse Ciclo tão curto,
essa coisa obrigatória
que não pedimos para ter.

Essa brincalhona sapeca 
que não liga pra ninguém
e traz lições tão difíceis de entender
e as vezes difíceis de aceitar

Ela nos prega peças.
Nos traz pessoas novas
e as tira de nós com a mesma facilidade
sem pensar na dor, no pranto e no choro.

E mesmo nos matando
ainda nos mantém presos nela
e não liga para o que queremos.
Ela gosta de zumbis.

Ela é injusta, ela é bela, e é curta
e só quer que a aproveitemos.
Alguns ela mesmo carrega,
até que se canse, e se vá.

Ela traz o verde, o novo.
Traz as dores e alegrias,
nos faz felizes e tristes
e se finda sem avisar.

Ela não depende de ninguém.
De repente nos abandona
sem dizer quando e onde
e continua simplesmente a caminhar.


BrináH Alves - 2017

Blengblemblem



O Sol já não brilha como antes e todo dia chove.
As gotas caem e se misturam com minhas lágrima e com o barro no chão.
E, de certa forma, me tiram a vida enquanto a dão à uma semente qualquer.
E isso sempre acontece desde que você se foi.
E desde que você se foi eu me perdi e, quando me acho, me vejo chorando por não poder te ter mais ao meu lado.
Você SEMPRE foi minha irmã, sempre foi parte de mim. Desde sempre esteve ali.
E compartilhamos o mesmo sangue, as mesmas memória, a mesma família, a mesma história e, agora todo o meu futuro não terá você presente.
Só me diz que está tudo bem, me deixa segurar sua mão.
Eu prometi que estaria sempre com você, mas você partiu e me deixou aqui.
Eu não poderia imaginar que houvesse dor assim.
Você sabe que sempre acreditei em você então, apenas me diz que está tudo bem e me deixe segurar sua mão...
Eu só pedi mais uma oportunidade de dizer que te amo. Quisera eu nunca ter dito e pudesse ter você aqui comigo.
Ah, Emily, você não sabe o quanto dói, que bom que não precisou saber.
Mas simplesmente não posso mais te ver, nem te abraçar e nem dizer o quanto te amo...
Entenda que eu sempre vou te amar, porque você vai sempre viver em mim, sempre fará parte de mim, para sempre.
Queria ser eu em seu lugar, você sabe. Eu teria sofrido, mas você estaria do meu lado, segurando a minha mão, e me diria que ficaria tudo bem e, simplesmente ficaria, porque eu acreditaria em você.
E você se casaria, e teria seus 70 filho e moraria na colina e seria tatuadora ou professora, ou arqueóloga ou tantas coisas que você já sonhou em ser e se lembraria de mim. Talvez então sentisse a dor que estou sentindo mas teria seus sonhos realizados.
Eu nunca tive tantos sonhos como você, nunca pensei de verdade no futuro e, simplesmente não consigo imaginar ele sem você. E nunca pensei que fosse existir um presente sem você segurando minha mão e me dizendo que vai ficar tudo bem.

TAG TMI

Olá Spooks! A TAG TMI é pra ser feita em vídeo, no Youtube. Porém, como estou meio tímida e preguiçosa, vou fazer por aqui mesmo. A nº 50 eu deletei.



1. O que você esta vestindo?
Jeans, blusinha e Adidas Superstar

2. Já se apaixonou?
Sim

3. Já teve uma terrível separação?
Sim

4. Qual sua altura?
1,65

5. Quanto você pesa?
Atualmente 72 kg

6. Tem tatuagens?
Agora tenho uma, no braço esquerdo

7. Tem piercings?
Ainda não

8. OTP = One True Pairing
Refeição e sobremesa

9. Programa favorito?
Ler

10. Bandas preferidas?
Pitty, The Pussycat Dolls

11. Algo que sente falta?
Minha irmã Emily

12. Musica favorita?
Love by Grace - Lara Fabian (não me pergunte o porquê)

13. Quantos anos você tem?
Atualmente 23

14. Signo?
Peixes com ascendente em Câncer e Lua em Aquário

15. Qualidade que você procura em um parceiro?
Parceria e confiança

16. Frase Favorita?
"Nunca deixe que lhe digam que não vale a pena acreditar no sonho que se tem"

17. Ator favorito?
Drew Barrymore

18. Cor favorita?
Preto

19. Música alta ou suave?
Alta

20. Onde você vai quando está triste?
Pra minha cama

21. Quanto tempo você leva para tomar banho?
Meia hora

22. Quanto tempo você leva para ficar pronto de manhã?
5 minutos

23. Você já esteve em uma briga física?
Várias vezes com meus irmãos
24. O que você gosta em uma pessoa?
Humildade e honestidade
25. O que você NÃO gosta em uma pessoa?
Falsidade e mesquinharia, que acredite que é melhor que os outros ou pise nos outros
26. A razão pela qual entrou no Youtube?
Me expressar
27. Medos?
Lobisomem e de não conseguir ficar só comigo mesma
28. A última coisa que te fez chorar?
Lembrar da minha irmã
29. A última vez que você disse que amava alguém?
Hoje
30. Significado por trás de seu nome Youtube?
Apelido
31. Último livro que você leu?
O pequeno príncipe - Aintoine de Saint-Exupéry
32. O livro que você está lendo atualmente?
Tá todo mundo mal - Jout Jout
33. Último show que você assistiu?
Pitty
34. Última pessoa que você falou?
Minha irmã Francielly
35. A relação entre você e a última pessoa que você mandou uma mensagem?
amiga
36. Comida favorita?
Lasanha de presunto e queijo ao molho bolonhesa
37. Lugar que você quer visitar?
Inglaterra
38. Último lugar que você esteve?
Trabalho
39. Você tem uma paquera?
Sim
40. A última vez que você beijou alguém?
Ontem
41. A última vez que foi insultada?
Mês passado
42. Sabor favorito de doce?
Morango e chocolate
43. Quais os instrumentos que você toca?
Violão
44. Peça favorita de jóias?
Pulseira
45. Último esporte que você jogou?
Damas?
46. Última música que você cantou?
Linger - The Cranberries

47. Frase mais engraçada que já ouviu alguém falar para dar em cima de outra pessoa?
Não teve nenhuma

48. Alguma vez você já usou?
Não

49. A última vez que você saiu com alguém?
Mês passado


Marejado


Sinto o gosto do mar em minha boca agora
E meus olhos ardem muito com o sal
E me perco nesse pequeno mar que seca em minha bochechas
Já não tenho controle de nada
Estou perdida
E apenas sigo para onde não sei
Sem vontades, sem sonhos, só dor
Pura e simplesmente dor
E não sinto fome, nem sede, nem nada além de frio
Não sinto nada por dentro, só um vazio
Que me faz flutuar na água e ir na direção que o mar me levar
ou me afogar


BrináH Alves - 2017

 
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