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segunda-feira, 8 de maio de 2017

Vida


A vida,
esse Ciclo tão curto,
essa coisa obrigatória
que não pedimos para ter.

Essa brincalhona sapeca 
que não liga pra ninguém
e traz lições tão difíceis de entender
e as vezes difíceis de aceitar

Ela nos prega peças.
Nos traz pessoas novas
e as tira de nós com a mesma facilidade
sem pensar na dor, no pranto e no choro.

E mesmo nos matando
ainda nos mantém presos nela
e não liga para o que queremos.
Ela gosta de zumbis.

Ela é injusta, ela é bela, e é curta
e só quer que a aproveitemos.
Alguns ela mesmo carrega,
até que se canse, e se vá.

Ela traz o verde, o novo.
Traz as dores e alegrias,
nos faz felizes e tristes
e se finda sem avisar.

Ela não depende de ninguém.
De repente nos abandona
sem dizer quando e onde
e continua simplesmente a caminhar.


BrináH Alves - 2017

Marejado


Sinto o gosto do mar em minha boca agora
E meus olhos ardem muito com o sal
E me perco nesse pequeno mar que seca em minha bochechas
Já não tenho controle de nada
Estou perdida
E apenas sigo para onde não sei
Sem vontades, sem sonhos, só dor
Pura e simplesmente dor
E não sinto fome, nem sede, nem nada além de frio
Não sinto nada por dentro, só um vazio
Que me faz flutuar na água e ir na direção que o mar me levar
ou me afogar


BrináH Alves - 2017

Nuvem



E eu sou mais uma delas
Bem longe de tudo e todos
Enfeitando o céu azul
e os desenhos das crianças de dias ensolarados
Sempre presente nos desenhos delas
ao lado de pássaros e aviões
Tendo formas diferentes para cada um que me observa

As vezes me encho com o vapor
que os rios e mares me trazem
E as pessoas não imaginam
o que acontece dentro de mim
E trovejo e produzo raios e medo
Isso é natural de qualquer nuvem, inclusive eu

E então eu chovo
e chovo muito
Devolvo aos rios e mares
o produto do que eles me deram
E chovo gotas grossas e pesadas
cheias de dor
até chover tudo que está em mim
E chovo por horas e dias
e já não sei para onde vou

Já não vejo o sol
então me junto à lua em sua tristeza
E me sinto leve agora
leve não, vazia
Vazia de tudo
de reações, de energia, de água, de vida
Estou perdida
E me desfaço com um simples sopro do vento


BrináH Alves 2017

quarta-feira, 31 de julho de 2013

No quarto ao lado


Mais uma vez não consigo dormir.
No quarto ao lado só consigo ouvir
mentiras inventadas
possivelmente calculadas,
promessas fúteis 
e palavras rudes
que não param de aparecer.

Mais uma vez.
Sei que vou enlouquecer.

O tom de voz nunca é alto
é sempre grito.
É brigar, jogar na cara,
se fazer de vítima o bandido.

E depois de tudo, 
começa o jogo de sedução,
tentando levar pra outro rumo a briga então.

Mais uma vez não consigo dormir,
pensando em quando isso não vou mais ouvir.

Tentei não me prender a ser simples ouvinte,
mas o medo me impede no momento seguinte.
Não é uma escolha minha o que ocorre no quarto ao lado,
mas de ouvir tudo isso estou farto.
Nada posso fazer pra mudar,
mas não sou obrigado a escutar.

Logo quero daqui me mudar
pra poder minha vida levar
E não quero nunca mais presenciar
O que agora ouço no quarto ao lado.


- BrináH Alves                                


quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Multifuncional


Canta, desenha, toca violão, compõe, manda e-mail, faz contas, lança, arquiva, arruma o PC, fecha, confere, entrega, recebe, paga, cria, desenvolve, organiza, filma, tira foto, divulga, manda pedido, faz cadastro, confere os pontos, faz compras, monta, desmonta, verifica, fiscaliza, descarrega, carrega, anota, atende, liga, pergunta, tira dúvidas, paga, deposita, copia, abre, digita, escaneia, cota, ensaia, conserta, formata, aprende, ajuda e testa.
Prazer, eu.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Hora das paredes pararem de gritar

Depois de tanto tempo esperando
Chegou o dia
Tomara quer dessa vez seja pra sempre
e a lição seja aprendida
Tomara que nenhum arrependimento
a faça voltar atrás.
Pois é lá mesmo que quero deixar
todas as más lembranças que tive.
Enfim, se 2013 vier, vai vim de cara nova
Rostos de felicidade, dificuldades, mas alegrias.
É isso.


"Para os bons entendedores meia palavra basta."

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Sala de interrogatório

Todos os olhares voltados para mim
Todos me olham, mas ninguém me vê
Estou na solidão, em meio à multidão
Numa realidade que eu mesma construí


O motivo desses olhares, nada bondosos
Fui eu quem dei
Para tentar fugir de uma realidade
Que eu ainda não aceitei


Uma realidade que me foi imposta
E à qual ainda não me sujeitei
Não por nunca ter tentado,
Pois isso foi o que mais fiz
Mas sim pelos simples fato
De que é uma realidade que eu nunca quis


Esses olhos que me torturam
Rasgam minha pele, perfuram meus ossos
E que , mesmo com tal força
Ainda não enxergam minha alma


São esses olhos que me julgam
Sem ao menos saber quem sou
E os meus reais motivos
São olhos indiferentes
Que me trazem uma necessidade enorme
De novamente encontrar olhos amigos.




Bý: BrináH Alves

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

A Lista

Ganhei este texto de depoimento uma vez, e achei muito interessante e legal pra compartilhar. depois de pesquisar encontrei o autor: Oswaldo Montenegro, mas mesmo assim gostaria de agradecer ao meu amigo Robério pelo depoimento.







Faça uma lista de grandes amigos,
quem você mais via há dez anos atrás...
Quantos você ainda vê todo dia ?
Quantos você já não encontra mais?
Faça uma lista dos sonhos que tinha...
Quantos você desistiu de sonhar?
Quantos amores jurados pra sempre...
Quantos você conseguiu preservar?
Onde você ainda se reconhece,
na foto passada ou no espelho de agora?
Hoje é do jeito que achou que seria?
Quantos amigos você jogou fora...
Quantos mistérios que você sondava,
quantos você conseguiu entender?
Quantos defeitos sanados com o tempo,
era o melhor que havia em você?
Quantas mentiras você condenava,
quantas você teve que cometer ?
Quantas canções que você não cantava,
hoje assobia pra sobreviver ...
Quantos segredos que você guardava,
hoje são bobos ninguém quer saber ...
Quantas pessoas que você amava,
hoje acredita que amam você?

 
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