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quinta-feira, 5 de novembro de 2015

De Sabrina de 21 para Sabrina de 11



Bem, agora você estará na 5ª série, ano de 2005, período da tarde, morando na casa da sua avó.
Começando pela escola, você está em uma sala que não conhece ninguém exceto duas pessoas. Essas duas pessoas não são as certas pra você andar, e, embora sua primeira atitude seja de fazer isso, bem, não deveria, não vai dar muito certo, mas você vai perceber. A sua única amiga da 4ª série nem vai te conhecer mais, pois é. Você vai ao Playcenter! Me faz o favor de ir na montanha encantada, pelo amor de Deus! O Playcenter vai fechar alguns anos depois e você até vai de novo, mas já não vai ter montanha encantada. Uma das pessoas do grupo que foi com você vai na montanha encantada, ela vai se tornar uma das suas melhores amigas.
Na sexta série, as coisas vão se estabilizar e você vai ter uma amiga e um amigo. Essa amiga vale a pena, mas você vai acabar sem contato com ela; tente não fazer isso, ok?
No meio da sexta série, você vai ser convidada a mudar de período pelo diretor e vai aceitar. Será uma das melhores escolhas que você já fez. Vai reencontrar a maior parte do povo da 4ª série. As melhores não são as melhores. Você vai perceber isso até tarde demais, mas daí até a 8ª, depois que sair das melhores vai ter o melhor grupo de amigas da sua vida em questão de grupos. Não deixe isso acabar também, ok? Hoje em dia vocês nem se falam, e isso não é bom.
NÃO CORTE UMA FRANJA PRA PARECER A NICOLE! Aquilo era um aplique, pode acreditar. Assuma seus cachos, é bem melhor. A franja vai ficar horrível, tipo aquela do interior e você usará bandana no Ensino Médio por causa disso. Não tenho tanta vergonha hoje em dia da bandana e nem tenha você também, mas é melhor evitar e a franja, nem pensar. Você vai amar seus cachos mais tarde. Vista o que quiser. Você não terá uma calça de Rapper, mas terá mais que um Adidas Star no futuro. Vai demorar um pouco mais vai chegar.
Nunca durma no quarto da sua avó. Vocês vão sair de lá em breve e morarão na melhor casa que você já se lembrou de ter morado. Até vai ter seu próprio quarto por um tempo.
Cuida da Aliah mais que tudo. Tenha o sono leve, pois quando ela te deixar você não vai suportar. Você não suporta até hoje e dói muito. Não faça isso conosco. E não doe o MiniNão, a mulher não vai cuidar dele. Tente levar o Sujeira no veterinário se der. Dê leite pra ele.
Você vai prestar uma prova na ETE e vai passar. Eu não gostei muito do Ensino Médio, eu estava com depressão. Então, se puder já saber disso, se prepare emocionalmente e se doe o melhor possível, pois senão tudo aquilo de melhor aluna vai pelos ares. Você vai se assustar com as matérias, mas estude, evite faltar e chegar atrasada, pois senão você não vai conseguir sair disso.
Aproveite seu primeiro emprego. Não deixe sua mãe te colocar em nenhum curso. Deixe desde já suas opiniões. Conte o que você já sofreu. Nunca esconda nada dela, vai ser mais fácil pra nós se não fizer isso.
Seus pais vão se casar. Tente não fazer chapinha neste dia. Mas fique tranquila, eles vão se separar também. Tente conversar com sua mãe para que não seja nas piores circunstâncias como foi. Seu pai não vai mudar, esquece. Vocês ainda não se resolveram, então tente fazer isso por nós aí desde 2005.
Aproveite a banda, também vai acabar. Mas zele pela sua saúde antes de tudo.
Espere até o meio do ano e preste Design de interiores, pois você prestou ADM e não gostou. Desgaste físico e emocional, não faça isso.
Aliás, você acertou! Você tem sim um pulmão pequeno! Na verdade é uma bolha que amassou ele, mas estava certa. Você vai fugir de uma cirurgia antes de fazer a do pulmão. Não fuja da cirurgia. Os motivos parecem ser autênticos agora, mas você vai se livrar de muitos problemas mesmo se fizer essa cirurgia quando te pedirem. Nenhum dos seus motivos vale o sacrifício.
Cuide de seus dentes, vá atrás de por um aparelho, pois até hoje você não colocou e eu tenho medo de dentista, tente mudar isso.
Você vai trabalhar depois que seu primeiro emprego falir, vai arranjar outro. Seja firme. Não deixe montarem em você. Não se estresse, você vai passar num concurso público.
Tente resolver tudo isso e talvez eu não exista e sejamos mais felizes e menos traumatizadas. Ou faça tudo isso e vamos tentar enfrentar esses problemas de alguma forma.

Dicas para você que podem ser clichês pra você agora, mas que são verdade:

  • Sempre pesquise antes de comprar, vale a pena;
  • Confie na sua intuição, ela sempre esteve certa;
  • Não faça as coisas só pra agradar os outros, você vai se dar mal;
  • Não confie em ninguém, exceto seus irmãos e mãe, pois não é só porque devem ser confiáveis que os outros o são. Vai aprender isso um pouco tarde;
  • Nunca se deixe ser chantageada, principalmente emocionalmente. Nunca! Mesmo que a escolha te doa. 
  • Nunca corte um franja;
  • Esmola demais desconfie. Sempre veja sua fatura quando for pagar. Eles aumentam o limite sem te falar;
  • Aproveite sua infância enquanto ainda é criança, não tente crescer rápido demais, mesmo as circunstâncias te forçando. Ser adulto é um porre;
  • Aproveite sua família, algumas pessoas irão e você nem terá a chance de dizer adeus, então aproveite tudo e todos;
  • Separe um tempo pra você, é necessário e bom;
  • Aprenda sempre algo novo sempre que tiver a oportunidade, você é muito boa nisso;
  • Não desista dos seus sonhos (só de ser Profª de matemática - essa disciplina só é legal até a 8ª);
  • Leia mais, cante mais e dance mais (você ainda não sabe dançar, mas mesmo assim não deixe de fazer isso);
  • Faça um curso de Teatro;
  • Não durma sem resolver todos os seus problemas, principalmente interpessoais;
  • Seja menos orgulhosa, mas não tanto;
  • Saia mais;
  • Se ame;
  • Ame e viva todas as pessoas, coisas, momentos e dias da sua vida intensamente como se fossem o último.








segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Aliah, a melhor gata do mundo


Acho que vocês já sabem, eu já falei aqui antes sobre a Aliah.

Mas pra quem não sabe, Aliah era essa gata aí, essa siamesa linda e carinhosa, uma das várias gatas que eu já tive. Mas ela era única, tão única que nem parecia uma gata.

Ela era minha preferida (eu sei que isso é errado, mas era), era como uma filha pra mim. Eu sei também que era a dona preferida dela, eu sentia isso.

Ela era mais que uma gata pra mim, era como uma filha, minha melhor amiga.

Quando eu estava triste ela sempre vinha comigo. Era louca por besteiras tipo salgadinho, doce de leite, macarrão, que nem eu. Dormia o dia inteiro comigo. Era mimada, preguiçosa, manhosa, amorosa, ciumenta.

Ela me lembra muito eu. Sempre que lembro dela um sorriso me estampa o rosto e uma lembrança boa me vem na mente. Parecia uma pessoa, não um gato, ela era tão humana, no melhor jeito humano de ser.

Lembro que as vezes eu me escondia para não ir para a escola e ela sempre me achava. As vezes ficava escondida comigo, dormindo, e as vezes me denunciava pra minha mãe.

Era gulosa, repartia, era daquelas gatas que se você tomar a comida de volta nem reclama. Comia devagar, apreciava o gosto, mas mesmo assim era gulosa. Comia tanto que até vomitava, principalmente quando era macarrão com carne moída. E amava doce de leite, leite condensado, fandangos. E até soja com tempero picanha, essa ela comia como se fosse salgadinho pra nós. É, ela gostava disso também.

Sei lá, acho que ela era uma encarnação da minha melhor amiga do passado ou algo do tipo, se você acreditar. Falo isso porque eu tinha uma ligação muito grande com ela. Pode parecer esquisito, mas eu sei que ela me entendia, e eu entendia ela. Desde o começo foi assim.

Ela sempre foi uma gata muito educada. Não era daquelas que sobem no seu colo/cabeça/prato quando está comendo para pegar algo. Ela ficava lá, no chão, parada, olhando pra mim com aqueles olhos de gato de botas, me olhando e lambendo os beiços. Se eu insistia em não dar nada, ela vinha um pouco mais pra frente, se aproximando pra mim ver que ela estava ali. Era impossível não repartir a comida com ela.



Depois de um tempo ela não era muito de brincar. Preferia dormir o dia inteiro, se mostrar pros outros, ganhar um carinho. Não era daqueles gatos que fugiam quando chegava visita. Ao contrário, ela ia até a visita e ficava lá se oferecendo, ganhando carinho e aumentando o ego dela kkk.
Eu amava deixar ela nervosa. Era muito fofa quando ficava com aquela cara de brava mostrando os dentinhos. Era o único jeito que ela se soltava mais. Aí acabava meio que brincando.

Ela teve cinco filhotes. O Não, o Sujeira, a Arthuria, o Mini Não e a Neguinha. Ela foi minha única gata que não tinha ciúmes dos filhotes, e sim dos donos. Ela escondia os filhotes não para a gente não pegar porque eram dela, mas sim porque nós éramos os donos dela e ela não queria dividir nossa atenção. Mesmo assim quando dávamos um pedaço de carne para ela ela levava pra eles.

Ela sempre gostou de chamar a atenção. Quando não tinha esta, ficava na frente da TV enquanto assistíamos, ou ficava andando na nossa frente, ou se jogava no chão e rolava, fazendo charme pra gente fazer carinho nela. Quando estávamos brincando com os filhotes dela ela vinha, roubava a atenção pra ela, e assim que parávamos ela brigava com eles, tipo: "Eles são meus, esses carinhos são meus, saiam daqui". Era uma peça.

Quando ela caia ou tropeçava ou se assustava, ela ficava sem graça, envergonhada. Era a coisa mais linda que tinha. As vezes ela até saia ou disfarçava de tão sem jeito que ficava.

Ela era muito especial pra mim, acredite. Ainda é. E embora ainda lembre com alegria e ainda solte alguns sorrisos ao lembrar dela, ainda fico muito triste por ela não estar aqui.



É, estou aqui porque mais uma vez lembrei dela. Não que eu a tenha esquecido ou que não lembre dela sempre. É que tem momentos que trazem mais a tona a memória dela.
Infelizmente a noite antepassada foi um desses momentos.

Eu estava dormindo e aí ouvi latidos e miados altos. Na hora já levantei e saí pra ver. quando passava pela porta vi a Sim, já fiquei menos preocupada, mas mesmo assim subi. Não vi nada na rua. Então desci e procurei pelo Não, que graças a deus estava na cadeira na cozinha.

Mas talvez você se pergunte: O que isso tem a ver?

É que foi assim que eu perdi a Aliah. Algum ou alguns cachorros, não sei, levaram a vida dela sem dó nem piedade. Assassinos, infelizmente, agiram pelo instinto animal e mataram minha gata. Eles levaram ela de mim e eu não pude fazer nada. Eu não ouvi, eu não levantei, não fui atrás que nem na noite antepassada ou quando eu perdi a Arthuria (Sim, perdi duas gatas para cachorros. Não me culpe se eu não gostar de cachorros mais). Toda a vez que eu ouço um miado e latidos eu vou atrás. A culpa ainda me persegue.

Sabem, minha mãe ouviu a Aliah. Mas ela achou que essa estivesse comigo, como sempre fazia, e como já tinha visto os outros, não foi atrás. Eu sei que é errado, mas eu meio que culpo minha mãe por não ter feito nada. Ela disse que os miados duraram horas e aí fico perturbada com o pensamento de quanto ela sofreu. Eu sei que minha mãe não teve culpa, e que provavelmente deve ter remoído o pensamento na cabeça que eram da Aliah aqueles miados por socorro.

Ela sofreu tanto. Ela sempre esteve aqui pra mim e quando ela estava mais precisando de mim, eu não estava lá para ela. Foi na frente da minha casa, praticamente do lado do meu quarto e eu não ouvi. Eu me culpo muito também. Se eu tivesse ouvido, se tivesse feito algo, talvez ela estivesse comigo agora. Nem ao menos me despedi. Sempre dá um aperto no peito, um nó na garganta, uma vontade de chorar quando lembro que ela não está aqui.


Eu sinto muita falta dela.
Por isso hoje em dia, toda vez que ouço altos miados e latidos vou correndo ver. Mesmo que não seja um gato meu. Eu devo isso a Aliah. Eu não fiz isso por ela. É como se, de alguma forma, eu estivesse salvando ela ao salvar outro gato. Como se eu estivesse fazendo algo por ela, como eu não fiz.

Sabem, eu nunca bebi, exceto no dia em que soube que eu soube que perdi ela.

A Arthuria, eu perdi do mesmo jeito, só que ela nós ouvimos e conseguimos salvar. Infelizmente ela não aguentou e morreu. Mas pelo menos tentamos, fomos atrás, eu me despedi. Foi horrível ter que assistir ela morrer, mas eu estava lá do lado dela, apoiando, dando meu amor.

A Aliah morreu na rua gelada, foi enterrada num saco plástico, não teve o apoio nosso em seu último suspiro. A pior parte foi quando eu descobri. Ela tava desaparecida um dia, mas era normal, as vezes ela se escondia e demorávamos para achar. Mas se passou mais um dia e fiquei preocupada.

Quando foi no dia seguinte, fui ir para escola e vi o Sr João como sempre varrendo a calçada. Perguntei se ele havia visto minha gata e ele disse que tinha encontrado um gato morto na viela. Pela descrição dele, não achei que fosse a Aliah, mesmo assim pedi para ver. Ele me mostrou ela. Estava irreconhecível. Seu rosto puxado para trás, a língua entre os dentes, parecendo procurar por ar, o pescoço cheio de sangue. Ela tinha lutado até a morte. O cachorro ou os cachorros, sei lá, não a soltaram até ela parar de respirar, dava pra ver o quanto ela havia sofrido. Eu não achei que fosse a Aliah, não dava pra acreditar. Mas quando vi suas patas, aquelas patinhas que me amassavam minhas costas pra se aconchegar nelas, que me arranhavam quando eu a provocava, que ela lambia tão bonitinho quando se banhava. Aquela eram as patas da Aliah, não teve como não reconhecer. Foi muito forte pra mim ver minha filha naquele estado, não consegui me controlar. Cheguei a ir pra escola, mas não consegui fazer nada direito, ela não me saia da cabeça.

Não admiti, no início não quis acreditar, mas quando ela não voltou mais, tive que enfrentar. Até hoje eu não acredito totalmente, ou não quero aceitar. É ruim demais pra ser verdade. Mas ela nunca voltou.

Até hoje sonho com ela, e é muito esquisito, pois sei que ela não está viva, mesmo no sonho, e por este motivo aproveito cada instante do sonho com ela. E no sonho eu não choro, eu fico feliz, porque ela está lá, e porque sei que ela não gostava de me ver chorar. Aproveito porque sei que quando ela acordar não poderei mais abraçá-la, apertá-la como no sonho. Ela ainda estará lá quando eu acordar, no meu coração e na minha memória.


Sabem, vivi cerca de seis anos da minha vida com a Aliah, e ela foi muito importante nela. Ela me ajudou muito, e eu jamais vou esquecê-la. Tomara que um dia eu consiga aliviar ao menos um pouco dessa dor de perdê-la. Ela era como uma filha, uma irmã, uma amiga, ela é parte de mim e sempre será. Eu jamais vou esquecer isso.

Aliah, onde estiver, saiba que eu te amo, eu sempre vou te amar. Você foi a melhor gata de todas, a melhor amiga de todas. Ainda dói muito não te ter aqui. Acho que eu nunca vou conseguir dizer Adeus de verdade. Me desculpa pepê por não ter te ajudado quando você mais precisou. Me desculpa não poder estar com você agora. Quero que saiba que jamais vou te esquecer e que pra sempre você vai estar no meu coração.

Você, sem dúvidas é a melhor gata do mundo. Te amo.



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Pra quem não viu, o outro post é esse aqui: Aliah

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Aliah

É... quem me conhece sabe o quanto eu amava essa gata, e ainda amo, mesmo ela não estando mais aqui comigo...
Até hoje ainda choro por ela, e sinto muitas saudadesda minha pepê.
Sabe, para muitos ela era só uma gata, e muitos acham que essa falta que eu sinto dela é exagero. Mas quer saber? Eles estão errados, isso sim! A Aliah viveu comigo seis anos da minha vida. Era minha gata preferida, embora não seja correto ter preferidos. Ela era Dimon, e eu também era preferida dela, tenho certeza.
Ela era a gata mais ciumenta que eu já conheci, e sempre queria toda a atenção para ela. Era esperta e educada também, e as vezes, sem paciência.Sempre disfarçando, chegava de fininho, se esticava e se jogava no chão, pra ter toda a atenção só pra ela.

Ela era minha companheira nas tardes de sono. Se eu dormisse o dia inteiro, ela dormia o dia inteiro comigo.
Eu sou doçólotra assumida, e ela também era. Amava leite condensado e doce de leite. Macarrão então, era sua paixão, comia tanto que vomitava... rsrs
Um dia talvez escreva um livro sobre ela, ou um blog, se não tiver dinheiro pro livro. tenho que falar dessa gata que tanto me ajudou.
Se continuar falando aqui, além de esgotar todos os caracteres possíveis, é bem possível que comece a chorar.
Bem, por hoje fico por aqui, para não chorar mais uma vez de saudade da minha pepê.
Te amo Aliah!

 
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