sexta-feira, 22 de junho de 2018

Minha Visão sobre a Síndrome de Burnout


Olá Spooks, tudo bem?
Vocês já ouviram falar sobre a síndrome de Burnout? Pois é, até pouco tempo eu não fazia idéia do que era, porém conversando com minha mãe, dizendo que eu estava preocupada com minha saúde mental, amedrontada com a possibilidade de estar novamente com depressão e por estar sofrendo um alto nível de stress, ela me disse que sua professora havia falado nessa tal síndrome e que ela havia lembrado de mim na hora.
Eu como a curiosa que sou fui no Google e pesquisei o que era, in ou felizmente me encontrando totalmente inserida na definição.
Alto nível de estresse, baixo de concentração, uma necessidade imensa de tentar me provar boa no meu trabalho (porém ao mesmo tempo me achando um fracasso), um cansaço enorme e esgotamento físico, emocional e mental; autocrítica exacerbada, não conseguir mais controlar minhas emoções e segurar meus pensamentos no trabalho, palpitação, dores musculares intensas, pressão elevada sem motivo aparente, tensão, o fato de não estar conseguindo dar conta de tudo apesar da extrema necessidade de e a frequente depressão, desesperança e vazio de sentimentos bons, vontade de sumir e desistir de tudo com a vã ilusão de que umas férias me renovariam.
Pois é Spooks, essas são apenas algumas das coisas que eu estou sentindo. Pelo menos agora sei qual o nome disso e sei que não sou só eu que estou afundando neste barco.
Num quadro geral, para ilustrar, eu me sinto um copo cheio, um copo que no início era fumê, mas que devido ao líquido denso que tem dentro de si, já não consegue esconder esse interior escuro, barulhento e violento. Um copo que já não tem como encher, que absorveu tudo de ruim que podia, sem espaço para mais, que espirra as gotas negras que pingam em si em vez de as absorver e transborda e transborda cada vez mais. Este líquido denso que já o tornou transparente vai fragilizando cada vez mais o copo e cada gota nova que respinga vai causando uma pequena trinca, e depois uma rachadura, até ele quebrar.
Trazendo isso para a vida real, eu sou apenas o copo. Todas as frustrações, traumas e ataques feitos a mim foram absorvidos e eu aceitei-os em meu interior, sempre calada, sempre disfarçando pra ninguém enxergar como eu estava realmente, sendo fumê. Os anos foram passando e eu fui acumulando esses sentimentos negativos, densos e negros dentro de mim, até agora, o ponto que eu já não consigo fingir que eu estou bem, porque transparece minha amargura na minha cara, nesse vidro que agora se tornou transparente. Agora, que já cheguei no meu limite, que o copo encheu, nada mais entra e todas as críticas que chegam já são rebatidas, todas as palavras amargas que chegam são instantaneamente refletidas, com puro ódio. Tudo se paga na mesma moeda. Nada mais entra e eu já não sou quase o copo que eu era. O líquido sujo que havia dentro de mim danificou minha estrutura e meu corpo já não aguenta mais. Minhas costas doem, meu coração dói. E aquela esperança de que umas férias vão me melhorar cai por terra: a única coisa que vai mudar é que o copo não vai mais encher, mas ele não vai esvaziar. E pouco a pouco o copo se perde e se torna o líquido que o preenche. É muito líquido pra pouco copo e uma estrutura frágil demais pra suportar. Estou sem forçar e sem vontade nenhuma de agir, de continuar. Uma pessoa cansada, sem sonhos e sem objetivos, sem razão pra continuar aqui. Um copo sem sustentação.
Eu não sei se vocês entenderam alguma coisa disso tudo Spooks, nem sei se quero que entendam.
Ultimamente eu tenho pensado em quebrar o copo e deixar o líquido escorrer, deixando alguns cacos intactos ainda, pra que reste nem que for um pedaço do que já fui eu. Infelizmente ou não, tem pessoas que não me deixam quebrar, por mais que eu veja isso como uma solução.
Talvez eu precise de um daqueles saquinhos purificadores de água da P&G, ou uma forma de esvaziar pra conseguir pelo menos respirar um pouco. Mas como eu faço isso? Não faço idéia.
Talvez a solução seja mais simples que a de quebrar o copo, mas eu não consigo ver, tá muito denso isso tudo dentro de mim.
Eu sei que Burnout significa esgotada, o que implicaria em me sentir vazia, mas pelo meu ponto de vista esse esgotamento vem do excessivo uso de força para aguentar o trabalho e as dificuldades do dia-a-dia.
Preciso da solução, estou cansada, exausta, sem forças pra procurar.
Não estou com um vazio, estou com um cheio, então antes de falar que é falta de Deus no coração, conheça primeiro minha relação com Ele.
Como eu disse: cheia. Desculpem.

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